nov
11
2015

A construção de uma nova adutora no Rio Paramirim

rio-paramirim

Apesar de estar sendo discutida há mais de um ano, não chegou a um termo, sobre os benefícios e os prejuízos que possam advir com a construção de uma nova adutora no rio Paramirim. O debate tem levar a um acirramento extrapolando ao fato o que não é importante neste momento, não resolve o problema posto. A questão reside tão somente na capacidade ou não do rio continuar sobrevivendo com mais uma adutora, e quem será beneficiado com a construção ou prejudicado com a mesma. Sabemos que, a água é um bem precioso e que nem um ser vivo pode existir sem a mesma. Também, é do nosso conhecimento as necessidades dos moradores das cidades solicitantes, mas, não podemos matar um para a sobrevivência de outro. Necessário se faz, antes de toda polemica um estudo da capacidade do nosso Rio, visto que, não se fala no restabelecimento das matas e das nascentes “como pode tirar leite de uma mãe se a mesma nem sangue tem nas suas veias para alimentar o seu coração” é uma alma morta, e, é o que vem acontecendo com o nossos rios em diversas regiões, estão mortos, cambaleando, só esperando mais uma seca para desaparecerem.

Quanto a polemica da adutora, claro que, em todos às lutas populares vão existir pessoas que querem aproveitar da situação para lograrem êxitos na questão política e ou econômica, mas, precisamos acreditar também em muitos quer doam os seus conhecimentos e até as suas vidas nas lutas em prol de uma causa popular, e não são poucos. Não há consenso sobre a adutora, se é a melhor maneira de acabar com a falta da água nas cidades vizinhas. De um lado, defensores lembram que a quantidade de água disponível no rio Paramirim é suficiente. Não observando que escassez já ameaça não só o abastecimento das cidades que hoje recebem a água do Paramirim, mas a própria sobrevivência do Rio. Já os críticos, acham que o maior problema da região é o mau uso da água existente e apontam diversos erros nos projetos de irrigação.

No meu entendimento, ao propor a construção da adutora e a retirada de uma porcentagem da vazão média de água para outras cidades, o governo ignora as peculiaridades do rio que, na seca, tem vazão bem menor e já sofrendo uma degradação ambiental há vários anos, a água está poluída em diversos trechos por esgotos e outros dejetos.

Na visão do governo e dos defensores da adutora, os benefícios do empreendimento superam os impactos negativos no rio e na natureza. Mas, o que se percebe é que não há um trabalho de conscientização na revitalização em todos os trechos do rio não só os que se encontram já poluídos e degradados. O povo de Paramirim, não pode e não deve incorrer nos mesmos erros que aconteceram com a transposição do Rio São Francisco, se faz necessário um debate amplo, principalmente quanto à revitalização por completa do Rio Paramirim e um estudo de sua viabilidade. Assim, acredito numa solução sem brigas e sem traumas para todos. O que queremos é um Rio Paramirim vivo.

Texto enviado ao nosso Site via mensagem pelo senhor Gilmar de Azevedo Santos.

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  • É um bom comentário, principalmente porque o leitor sintetiza quando afirma que:

    “o maior problema da região é o mau uso da água existente e apontam diversos erros nos projetos de irrigação.”

    E também, “Mas, o que se percebe é que não há um trabalho de conscientização na revitalização em todos os trechos do rio não só os que se encontram já poluídos e degradados.”
    Parabéns!