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2015

Estão de olho na água da Barragem do Zabumbão

Um assunto corriqueiro que percorre ruas, avenidas e praças em Paramirim anda tirando o sono de muita gente. Vai ou não levar a água da Barragem Zabumbão para outros municípios do Vale do Paramirim? Nas reuniões é o tema da vez, sempre tem alguém a fazer comentários sobre tal assunto. O povo teme levar o líquido e no futuro próximo vir a faltar nas torneiras das cidades que já são abastecidas pelo referido lago.

Algumas autoridades municipais dizem que o governo do estado já tem um projeto feito da adutora, que já há os recursos em caixa, que a qualquer momento pode ser iniciada a obra. Não temos conhecimento de nenhum documento sobre tal adutora, apenas boatos de rua. Se os boatos forem verdadeiros, certamente a água em breve descerá para os outros município. Segundo nos foi passado, atualmente cerca de cinquenta mil pessoas recebem água do Zabumbão, com a entrada das novas cidades triplicará o tamanho de consumidores usufruindo da mesma água.

Com o consumo no modo atual, quando o nível chegar a dezesseis milhões de metros cúbicos a comporta deve imediatamente ser lacrada. Assim que a água for ofertada para as novas cidades, o ponto de fechamento da Barragem ficará em torno de vinte e sete milhões de metros cúbicos. Hoje o nível se encontra um pouco acima de trinta milhões de metros cúbicos. Caso construa a adutora, a irrigação abaixo da comporta será extinta.

Os irrigantes das margens do Rio Paramirim, da comporta da Barragem a comunidade de Feira Nova em Caturama, sonham com a construção do sistema de eletrificação, favorecendo a modernização do sistema de irrigação. Dizem que ainda este ano tal sistema sairá do papel. Surge um problema, se a adutora for construída, a eletrificação das margens perderá o sentindo, já que não haverá água para a irrigação. Há muitos boatos, mas até o momento nada concreto. Dizem que nos próximos meses haverá uma reunião em Paramirim para pôr à mesa todos esses temas. O povo anda apreensivo.

O medo é que se leve a água sem o uso de critérios técnicos e que no futuro a solução do momento se torne em um problemão. Exemplos temos aos montes. Os políticos sempre escolhem as opções mais fáceis em detrimento das mais corretas. Alguns apontam a construção de novas barragens, uma delas no Rio da Caixa no município de Rio do Pires. Os investimentos do governo na área de armazenamento de água e na proteção das nascentes das margens dos rios são ínfimos diante a importância e a carência do produto.

A água é um bem da Nação, a responsabilidade de distribuição dela as cidades pertence à União. Para Paramirim e Caturama a entrada de novos municípios para o uso das águas do Zabumbão será muito prejudicial. Mas as duas cidades poder nenhum têm para brecar uma imposição vinda de cima. Nos próximos meses poderemos ter maiores informações sobre o assunto. Com a crise que o Brasil passa talvez a construção da adutora fique para outro momento.

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  • Estamos diante de uma crise hídrica no estado e no país, o que é fácil de compreender é que os nossos governantes especialmente na esfera estadual não prioriza a questão de abastecimento de água a exemplo do Ceará. No leito do rio Santo Onofre na altura da localidade de Tabuleirinho no município de Macaúbas existe um grande potencial para que seja feita uma grande represa sanando de forma eficaz o abastecimento de água em diversos municípios da região, dessa forma otimizando a capacidade da barragem do Zabumbão que vive em constante estado de emergência devido aos longos períodos de estiagem comuns para o semi árido baiano, então sendo assim a melhor opção seria que construíssem mais lagos artificiais e não coloque em risco o que já existe.