dez
25
2016

Garimpo de ouro do Morro do Fogo em vídeo

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Garimpo de ouro do Morro do Fogo

O ser humano, na sua trajetória pelo globo terrestre, sempre foi atraído pelo brilho de alguns metais, tidos preciosos. Nessa saga milenar, nasceram impérios, cresceram grandes civilizações e findaram muitos povos. O homem em busca de riqueza e poder. O ouro sempre teve na mente das pessoas uma atração gigantesca. Possuir ouro é e sempre foi ter em mãos um precioso tesouro. Com a descoberta do Brasil pelos portugueses, houve uma verdadeira epopeia, comandada pelos bandeirantes no interior da nova terra em busca de tais riquezas. A região do Vale do Paramirim fora visitada por essas pessoas. Elas sempre seguiam os leitos dos rios, à procura do chamado ouro de aluvião. Logo, começaram a extrair o mineiro das entranhas das serras. Surgiu a figura singular do garimpeiro, homem que usa a bateia, a marreta, os explosivos. Locais onde só havia mata se transformaram, da noite para o dia, em centros de aglomeração de pessoas, daí nasciam as vilas, que no futuro viriam a se transformar em cidades. O Morro do Fogo foi um desses lugares, embrenhado no meio da serra, floresceu como um exuberante povoado, contudo não chegou à cidade. Cresceu o comércio, foi erguida uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Carmo. Tudo apontava uma prosperidade exorbitante. Mas com o declínio do ouro, veio o lugar perder seu valor econômico, arruinou-se e retraiu-se. Agora, com os novos meios de extração, com tecnologias avançadas, o garimpo voltou a ser uma forma de retirar da pedra riqueza. O sonho do ouro sempre anda vivo na mente e na cobiça dos seres humanos, uma atração pelo brilho desse metal que parece hipnotizar quem a ele presta continência.

No último festejo em louvor à Padroeira, dia 16 de julho de 2016, visitamos o garimpo do Morro do Fogo, na ocasião, não havia atividades pelo local, data festiva, feriado na comunidade. Antes, apenas conhecíamos a famosa gruta do Pereira, agora, pela parede da serra, brotam como um enorme cupinzeiro buracos por todos os lados. Há maquinários por toda parte. Tudo indica que exista, nos dias normais, uma grande atividade. Com tanto movimento, com certeza, o resultado vem a ser favorável para os garimpeiros. Em conversa com algumas pessoas, as mesmas nos disseram que por mês conseguem retirar cerca de um quilograma de ouro desse garimpo. Na contrapartida do progresso, sobra a destruição do meio ambiente e os riscos para as pessoas das cidades a jusante e para os próprios trabalhadores. O uso incorreto do mercúrio vem a ser a maior preocupação, pois pode contaminar a água do rio e, por conseguinte, o lago da Barragem do Zabumbão.

A vida humana tem seu ciclo, sua história brota em torno das fontes de riqueza. Nossas pegadas vão ficando pelos locais em que pisamos. Neste enredo de nascimento e morte tudo anda a cavalgar rumo a sabe-se lá para onde. O gostoso é surfar nesta impactante correnteza da vida. Seguir o rumo da evolução. Viver a oportunidade que a Natureza nos ofertou. Debater o certo e o errado; vá saber o que é e o que não é. As coisas são desta forma e não daquelas pela situação momentânea dos nossos gostos. Tudo é assim; no entanto, logo mais poderá ser tudo de outra maneira.

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