set
23
2015

Há muitos escritores para poucos leitores

mensagem-celular

As pessoas estão escrevendo muito, mas estão lendo pouco. Nesta hera da internet, das redes sociais, escrever voltou a ser algo de suma necessidade. Não importa a forma da escrita, se faltam letras nas palavras, ou palavras nas frases, basta apenas a vontade de dizer. Neste cenário novo, neste mundo que descortina aos humanos, a coragem de se expor é gigantesca. Todos queremos falar, falar sempre, falar a todo momento, queremos ser ouvidos. A vida parece ter sido resumida a uma simples tela de um aparelho qualquer. Passamos a andar de cabeça baixa sempre a olhar para o dispositivo móvel. Se estamos na mesa em pleno almoço, o celular fica onde antes se encontrava os talheres; se vamos ao banheiro, o dito segue sem pudor algum; se vamos dormir, o maldito descansa ao lado pronto para apitar assim que receber alguma mensagem. Desejamos nos expressar, dizer ao mundo quem somos e o que pensamos. Nesta loucura toda, onde todos falam ao mesmo tempo, sobram escritores e faltam leitores. Ninguém tem tempo para ler o que o outro escreve, pois passamos o tempo todo digitando. O ponto de vista daquele que escreve é um, este não mudará jamais. Aceitar a ideia de outro parece coisa fora do normal. A maioria dorme feliz sob suposições falsas, acredita que a Terra ainda é o centro do universo. Para conhecer profundamente um assunto o indivíduo precisa solver de várias fontes. Para qualquer escritor que se proponha a escrever com sabedoria, em primeiro lugar deverá ser sempre um exímio leitor. O conhecimento escrito é a fonte para toda mente evoluir.

Crônica de Zé do Bode.

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