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2014
Nosso rebanho bovino está sumindo dia a dia
por Luiz Carlos Bill
É triste, mas é fato verídico. O rebanho bovino da nossa região está desaparecendo. Após vários anos de estiagem, o sertanejo padece por colher sobre o chão seco e sob o calor do sol a rachar o crânio apenas prejuízos. Criar gado virou utopia, aquele que se aventura sofrerá bastante. A chuva não aparece, as aguadas vão secando, o pasto já não existe mais, para manter o gado restam somente a compra de ração e a compra da água. Em conversa com um açougueiro, o mesmo nos disse que já não se encontra mais gado pronto para o abate, a carne comercializada por ele está vindo dos frigoríficos do sul da Bahia. O gado magro que ainda resta, grande parte está sendo comercializada com compradores de outras cidades. Se a seca persistir por mais um ano, o rebanho bovino da nossa região desaparecerá por completo.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Nossa região sofre por falta de emprego, com a pecuária fragilizada a situação só tende a piorar.
Verdade Bill. É lamentável o rebanho do vale do paramirim está diminuindo gradativamente. Há vinte anos o rebanho era quase o dobro do atual. A seca tem contribuído para isso, sim. Porém o pior é a falta de políticas públicas direcionadas para o setor produtivo primário, a agropecuária. A exemplo de Guanambi o rebanho tem crescido, mesmo com a seca, mas não falta os subsídios do governo. A ração este ano está mais barato do que antes. Segundo pesquisas está mais econômico confinar os animais em pequenas propriedades, do que investir em extensas áreas de terra, ou seja o latifúndio. Precisa-se criar meios para se evitar o colapso agropecuário, pois a região corre o risco de falta leite, isso será o caos.