set
19
2019

“Paramirim de anos atrás!” – Texto de Therezinha Tanajura

Paramirim, terra querida, de muitas histórias pra contar. Existia o Canecão e o Clube pra dançar. Até cinema, nós tínhamos para a cultura aumentar, e foi o Sr. Nelsão que trouxe ele pra cá. Santo Antônio Padroeiro, veio aqui para ficar, trazido por portugueses que com amor e devoção não deixamos de adorar. Nesta época a depressão, ninguém ouvia falar, pois o povo vivia alegre com as festas popular. Tinha o “Reis de Salió”, que com suas roupas enfeitadas, nos faziam alegrar. Era cantado nas praças para todos nós sambar. A luz apagava dez horas, quando Sr. Zé Cardoso o motor ia desligar. O Rio da Rua era lindo e de muita animação, com as lavadeiras da época. Cada família tinha a sua para as nossas roupas lavar. O Zabumbão era lindo, ponto de muita atração, os turistas que aqui vinham não queriam mais voltar. Com todos esses encantos, de muita gente invejar. O Conjunto “Atuais” criado por Zé Leão, temos sempre que lembrar, porque a organização das festas, faziam todos gostar. Nos domingos, muitos jogos das cidades vizinhas, aqui vinham competir, e a noite os jogadores tinham festas para curtir. Os namoros começavam nesta bela ocasião, realizada no Clube Social que foi levado ao chão. Os rapazes encantavam com as moças do salão, pois eram muito bonitas e de muita atração. Ficavam apaixonados que mexia o coração! O Padre Benvindo era o nosso bom pastor depois veio o Padre Pedro, que é o grande Monsenhor. A nossa bela cidade sempre teve diversão, os circos que aqui chegavam não nos esquecerão. Aqui chovia bastante e quando a mesma faltava, saíamos para o Cruzeiro rezando em procissão, levando água e flores, derramando em oração. O Colégio Paramirim tem muitas recordações, os formandos pioneiros, farei aqui o listão, Tio Beto, Terezinha, Verbena, Edinha, Arlinda, Marina, Maria José, Carlota, Néia, Durvalice, Lourdes Brito, Ieda, Irene, Raimundo Viana e o saudoso Tõe Leão. Alguns da oitava série foram para outras cidades seguir outra profissão. Se esqueci de algum, pergunte os que aqui estão. Estudaram com muito esforço e tamanha dedicação, pois são professores de grande qualificação. O médico era Dr. Aurélio, que chegou pra nos curar, depois Dr. Nondas veio para ajudar, saindo de Livramento, para aqui vindo morar. Medicava com carinho e muita dedicação, homem simples e popular. A semana da cultura não posso deixar de lembrar, pois o líder era Gilvando, palestrante exemplar, que com sua inteligência, nos fazia abrilhantar. Os dramas, nunca esqueço e tenho que lhes contar, os cânticos de Miralva e sua irmã Lidinalva eram de emocionar! Nas sessões do Dia das Mães, quando elas cantavam faziam todos chorar, com as músicas de Agnaldo Timóteo, cantor que sabia cantar. O Hotel da minha vó, todos queriam hospedar, pois os bolos e a comida eram de deliciar! As amizades eram sadias e não tínhamos o que queixar! Os compadres e as comadres eram de apreciar, batizavam os seus filhos para amizade dobrar. Éramos felizes e não sabíamos nesta terra abençoada deste santo popular. Hoje tem muito progresso, internet, celular, mas o povo desta época não tem nada pra contar. E hoje ninguém tem tempo, para com os amigos conversar. As queimadas do Judas, do Sr. João Queridão, eram realizadas em frente à Prefeitura com sorrisos e gargalhadas de todo nosso povão. Até os pássaros sumiram, só restou o sabiá, mesmo assim Paramirim é o nosso melhor lugar!! Todos que aqui visitam nunca querem mais voltar.

Autora: Therezinha Tanajura, esposa de Walter, filha do Sr. Nilton e Sra. Elita.

Deixe um comentário usando sua conta do Facebook




Deixe um comentário usando o Formulário do Site