set
21
2019

Segunda Parte – “Paramirim de anos atrás!” – Texto de Therezinha Tanajura

“…Paramirim acolhia todos sem nenhuma distinção. Me lembro de “Lídia de Osório é Meu”, “Salú”, “Tõe Tolo”, “Messias” e “Felim” que sempre perambulavam na nossa Paramirim. Messias com seu “tá tá tá” tinha um impressionante calendário guardado no seu QI. Quando eu disse sobre o Rio da Rua, de Anália esqueci, que foi nascida e criada bem pertinho dali. Passeava nos lajedos com sua simplicidade, fazendo todos sorrir. Também tenho a dizer do nosso “Quinca Araújo”, que com suas belas serenatas faziam jovens sonhar. A música “Palha do Coqueiro” que sempre me fez lembrar. Outra diversão que também nos alegrou foi o famoso “Peneirão” e a “Cabana Pai Ioiô”. Outra pessoa que vou prestigiar é o meu avô Tobias, escrivão de admirar, que com sua inteligência, meu pai teve que herdar, e mesmo com esta idade, a nova tecnologia, meu pai acompanhou, manuseando celular e também computador – “Ô Tanajura danado!”- pois com ele aprendi as técnicas do celular. Quatorze filhos da minha linda avó Aída, é muita gente pra falar, mas todos tem qualidades de querermos copiar! O meu avô Dodô, que na estrada do rio, sempre por lá passou, montado no seu cavalo manso, para minha mãe visitar, porque era uma filha que ele muito amou. Trazia muitas laranjas daquele seu lindo pomar, onde trabalhou bastante pra seus filhos sustentar. Minha mãe todos sabiam, das suas infinitas qualidades, que nem sei como explicar! Mãe Tavinha, muito nova, a tempos Deus a levou, uma mulher também de tamanho valor. Minha tia Helenita, professora competente, sempre tenho lembranças, quando ensinei em Àgua Quente, morando em seu belo lar. Tio Beto, professor de matemática, e com muita inteligência, um troféu era pra dar! Tia Helenícia, mãos de fada, sabia cozinhar e bordar. Minha tia Helena, apelidada “Lelê”, quando falo o nome dela, as lágrimas começam descer. Ela era tão querida, pois a amo de paixão, foi nossa segunda mãe e só resta gratidão. Tio Zé, da rapadura, da garapa e do mel, está com minha mãe nos olhando lá do céu. Somos de duas árvores, sadias e maravilhosas, que outros frutos lhes deram sem nenhum agrotóxico, pois nos deram bons exemplos e uma boa formação. E para finalizar, um abraço vou deixar, para todos conterrâneos, paz, saúde no seu lar!”

Autora: Therezinha Tanajura, esposa de Walter, filha do Sr. Nilton e Sra. Elita.

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