nov
26
2013

Sertão está na alma e no coração

Um gosto excêntrico, ácido, amargo, desigual. O Sertão expele aromas característicos, do frescor das primeiras chuvas, do mato verde apanhando dos raios solares, das flores a alcoolizarem os insetos e beija-flores. As suas imagens se sucedem como em um mundo em franca ebulição, efervescência de cores e formas. A textura do seres desvenda a força, a coragem e a persistência. Aqui não há lugar para fraquezas, medos e mimos.

Quem nasceu na terra do mandacaru e do umbuzeiro, quem tem sangue rústico nas veias, quem gosta de desafios, só deixa este chão por necessidade. O corpo pode até labutar por outras paragens, mas o pensamento, com suas raízes fincadas na terra dura e pedregosa, sabe que não há luta e nem remédio que estanque a saudade do berço onde nasceu.

Se o amor existe, se pode sonhar com a paz, se somos o que achamos ser, tudo nos presa a reverenciar nosso pequeno espaço. Por mais que temos riquezas diversas por este mundão de Deus, as que procuramos se encontra a nossa volta. Não adianta tentar se esconder, procurar outra morada segura, pois se tem a pureza sertaneja no coração, este baterá sempre acelerado cobrando o carinho da amada terra mãe.

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  • Dedico este artigo ímpar ao meu amigo e compadre Robério Márcio, o Biro, paraminiense da gema.