Paramirim

Estrada Nova 12/07/2007

Hoje nosso passeio será em uma estrada que ainda está em construção. Fica à esquerda do Riacho do Catuaba. Domingo, 12/07/2007, eu (Luiz Carlos Bill), minha irmã Pricilla e Jackson saímos da residência onde moro, às 14h00min, para esse nosso passeio habitual. Nossos veículos serão nossas bicicletas.
Estrada nova Descemos pela Avenida Francisco Brasil e entramos pela Orla Governador César Borges. Subimos pela Embaixadora, pegamos a BA 156. Defronte a Cerâmica São Francisco entramos pela estrada de cascalho que leva ao Catuaba. Pegamos uma estrada alternativa, essa parte da estrada está em péssimo estado devido o transito das caçambas que trabalharam na construção da estrada. Contornamos um pequeno terreno e entramos por uma porteira. Descemos um pouco até chegarmos a uma casa. Estrada errada. Retornamos. Continuamos a pedalar. Ao chegar defronte a dois umbuzeiros, onde existe uma porteira em ótimo estado, entrei para verificar se era por ali mesmo a estrada. Andei uns cinqüentas metros, foi o bastante para ter certeza. Retornei para apanhar a bike.
Estrada nova Passamos as bicicletas por sobre a porteira. E recomeçamos a pedalar. Logo de entrada há uma inclinada ladeira. Depois vem uma subida, uma baita ladeira. Começava ali a serra. Percebemos que sensato seria deixarmos as bikes escondidas e subir o restante a pé. E assim fora feito. Tomamos um pouco d’água. Começamos a andar. A terra branca estava fofa, o sol refletia seus raios incomodando nossos olhos. Passamos por uma casa, acredito que abandonada, pois estava fechada. Ao descer por uma pequena ladeira, paramos para saciar a sede, o calor estava demais. Subi em uma ondulação da serra para fotografar. Em meio às pedras tinha um esqueleto de algum animal que havia virado banquete para outro.
Estrada nova Andamos mais uns trinta metros. À esquerda, dez metros adiante, uma pequena represa de cimento fora erguida. Fomos até lá. No leito de um riacho agora estava de pé uma obra humana de engenharia. Uma árvore morreu para dar lugar à parede da represa. Passei por uma escada de cimento, na esquerda, desci pelas pedras e fui dá uma olhada pela área. No leito possui algumas árvores frondosas, também encontrei água em um pequeno poço. Andei mais um pouco, no meio do riacho existe uma enorme pedra, nessa há uma caverna feita pela água. Passado o riacho tem uma área do tamanho de um campo de futebol, plano. A vegetação, nesse período do ano encontra-se seca. Tudo lembra sofrimento.
Estrada nova O relógio marcava 15h30min, sentamos sobre a parede da represa e fizemos nosso lanche. Sardinha com bolachas e refrigerante. Após vinte minutos retornamos a estrada. O caminho cada vez mais ficava inclinado. São poucos os tipos de carros que consegue subir ali. Em certa parte existe uma curva de quase 90 graus. Andei mais um pouco, Jackson e Pricilla vinham longe. Para minha surpresa a estrada terminada logo ali. Não sei se em tempos vindouros os proprietários terminarão, ou se ficará até esse ponto.
Estrada nova Esperei os colegas chegarem. Resolvemos pegar um caminho entre o mato para ver onde aquilo iria dar. Andamos, andamos, andamos. Chegamos ao cume da serra. Ao nosso lado direito fica o Sítio Rupestre do Catuaba, resolvemos seguir adiante. Lá é um mine-planalto. Olhando assim poderia até ser feito um campo de futebol. Seguimos o rumo do leito do riacho do Catuaba. Paramos em mais uma queda d’água. Desejo retornar a este local em tempos de chuvas, somente para ver a beleza dessa cachoeira. Tinha ao redor algumas poças de água. Na encosta da serra marejava, ali o liquido da vida nascia para os bichos do sertão.
Sair para olhar ao redor. Deixei os dois. Comecei a andar, andava e quanto mais andava não via o fim do planalto. Já estava quase na hora de voltar para casa. Retornei e junto com Pricilla e Jackson voltamos para nossas residências.

Texto por: Luiz Carlos Bill.