Paramirim

Poço da Espingarda

Nosso passeio de domingo será no município de Érico Cardoso (popular Água Quente), precisamente no Poço da Espingarda. 01/04/2007 essa é a data da nossa aventura. Deixamos as bikes na garagem para irmos de C10. Distante demais para se aventurar pedalando. Nossa equipe ganhou muitos membros, somos ao todo dezoito pessoas. Eu (Luiz Carlos Bill), Dormario (meu pai), Vilma (minha mãe), Márcia (minha irmã), Edílson (esposo de Márcia e motorista), Cristina (minha irmã), Gelásio (esposo de Cristina), Lílian (minha irmã), Pricilla (minha irmã), Lívia (minha sobrinha), Karine (minha sobrinha), Érik (meu sobrinho), Margaret (minha tia) Casinho, Jackson, Maromba, Du e Isa (amigos).
Tudo pronto, todos agasalhado no carro. Edison dá a partida e já estamos na estrada. Gelásio prefere ir de motocicleta. Saímos de Paramirim às nove e meia. O trecho até Água Quente possui muitas curvas, ladeiras e alguns buracos na pista. A barragem nos aparece como um cartão postal. Olhando para a vegetação que compõe a cadeia de serras nota-se que em alguns dias começará a queda das folhas. A chuva parece ter ido embora. Na Caatinga é assim, quando São Pedro abre as torneiras tudo fica verde, basta fecha-las por um mês para a flora perder toda a folhagem.
Chegamos à Água Quente às dez horas. Paramos na residência de Margaret e logo seguimos viagem. Esse trecho é todo de terra. Passamos por dois povoados (Ovos e Breu), a parti daí a estrada começa a impor maiores dificuldades. Na ultima ladeira, bem inclinada por sinal, o carro não agüenta subir e volta. Nosso piloto, experiente, soube conduzir bem a situação. Descemos, esperou um pouco até o motor esfriar. Subiu a ladeira vazio. Eu e mais alguns do grupo fomos andando o resto do percurso.
Antes da chegada ao rio existe uma pequena decida com um rego de água corrente cortando-a. A primeira coisa que se ver é um poço, parecendo mais com uma bacia, onde a água corre livre. Olhando para o oeste o Rio Paramirim corre lentamente em busca do mar, ao leste chega-se a nascente no Pico das Almas. Um pouco acima do poço há uma bela queda d’água formando uma pequena cachoeira. Como sou muito observador, ao chegar a certo ponto avistei em uma rocha beirando um rego logo acima do leito do rio uma pintura que a meu ver seria dos Índios Tapuias que aqui viveram há muito tempo. Chamei Jackson para conferirmos, chagando lá havia outras. Sapos, veados, cobras, lagartos. Algumas pinturas rupestres estão desgastadas pelo tempo.
Muitos mergulhos, brincadeiras e fartos lanches. As crianças amaram tudo, e nós adultos, também. Além do nosso grupo havia outros ali presentes, tanto de Paramirim quanto de Água Quente deliciando nesse paraíso natural.
Às quinze horas deixamos o local. Quem estava encima da carroceria sofreu com a poeira até Érico Cardoso. Chegamos a Paramirim às dezesseis e vinte.

Foi bom conhecer o Poço da Espingarda, espero voltar outras vezes.

Texto por: Luiz Carlos Bill.