jul
15
2014

Meu Sertão Querido

O Sertão é seco, seco de dá dó, só não é tão seco porque dos olhos da morena cabocla brotam lágrimas de amor. O amor da morena irriga a secura, ameniza o coração estorricado do peão, faz da dor vida e dá vida ao Sertão. Que amor! Que ternura! Que vício! O homem que aqui mora, não vive a sofrer, labuta sob o calor do sol, trabalha, corre, levanta, faz seu pequeno mundo florescer. Pelo chão um tapete branco, delicado e cheirando a cebolinha de sapo, pelo ar se mistura ao aroma de café torrado, sorvido pelo casal que se alegra com o gostoso abraço. Sertão, meu Sertão querido, gosto da sua forma natural, dos seus espinhos, das suas pedras, das suas serras, dos seus rios, adoro a sua fauna e a sua flora, amo seu céu anil. Quando a chuva chegar, o Sertão logo se alegrará, sua mata até então seca, verde vislumbrará a metamorfose desta magnífica borboleta em um ciclo que jamais há de terminar.

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