jan
3
2014

Esperando pelo almoço

Olhe só como é a vida, olhe só para aquela árvore, olhe só os urubus. Eles estão me olhando, eles me desejam, eles querem o meu corpo. Estou perdido, estou sem forças, estou à beira da morte. O que eu posso fazer, o que será de mim, o que irá acontecer? Não, não, não! Deus, ajude-me; Deus, não me deixe morrer; Deus, salve seu filho. Eu sou um boi, eu sou um boi magro, eu sou um boi magro e sem sorte. Se eu tivesse nascido em outro local, se eu fosse de outra espécie, se o agora recuasse ao ontem. É questão de horas, é questão de minutos, é questão de segundo. O relógio bateu, o sol se escondeu, o urubu faminto me comeu.

Deixe um comentário usando sua conta do Facebook




Deixe um comentário usando o Formulário do Site