nov
24
2015

Meio Ambiente à deriva

O homem na sua ganância incomensurável destrói o meio ambiente de forma devassadora. Somos um bando assustador de gafanhotos esfomeados por luxúria e poder. Precisamos dia após dia consolidar nossa fortuna, nosso status, nossa poupança. Somos tão cegos que não conseguimos enxergar os malefícios dos nossos impensados atos. A mídia exalta as empresas que obtém lucros exorbitantes, indivíduos que acumulam em um período curto de tempo magnifica fortuna; para ela são esses os seres merecedores de holofotes, são ídolos, são idolatrados. Descortina os hábitos e veremos os falsos deus virarem demônios. A população cresce vertiginosamente, as garras se estendem por onde ainda havia paz natural; cada um na loucura desmedida de buscar seu espaço em um local delimitado; há muitos esfomeados para pouco pão, a muito pães para poucos afortunados. A luta do homem por um passo acima no estamento social faz da Natureza uma coisa qualquer. A Essência Vital em si resolveu nos alertar, ora um terremoto, ora um tsunami, ora um furação, ora as severas estiagens, ora o desmoronamento de uma barragem. O Curupira, rei das matas brasileiras, resolveu nos pregar uma peça. Coloquemos a culpa no pobre Curupira, as empresas merecem mais um voto de confiança. O danado insatisfeito com a forra do nosso povo resolveu abrir um pequeno orifício na parede de terra, passou um pingo, desceu o mundo velho de lama. Tanta lama, que saiu de um Estado, adentrou em outro, para desembocar no Oceano Atlântico. A tinta vermelha e nociva por onde migra corrói, a própria água se transformou numa fossa de dejetos. As populações das cidades afetadas, de repente, foram obrigadas a abrirem os olhos, a pensarem, por um momento, na importância do Meio Ambiente para uma vida saudável. Somos vulneráveis, desastres poderão acontecer em qualquer lugar. O estrago foi feito, os danos são vários, muitos são tidos como culpados, poucos ou ninguém será condenado. A culpa é de nós todos, ou mudemos nosso rumo, nossos hábitos, ou no futuro próximo padeceremos ainda mais por nossa impetrante ignorância.

Crônica de Zé do Bode.

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