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2019
Missa em Louvor a Santa Dulce dos Pobres em Paramirim em Vídeo
Assista ao Vídeo:
Homenagens à Santa Dulce dos Pobres.
Parabenizo os idealizadores da Santa Missa celebrada ontem à noite, (13), pelo padre Samuel Neves Silva em frente ao Fórum Desembargador Dr. Arnaldo de Almeida Alcântara, da qual participou considerável porção da comunidade católica de Paramirim, num clima de muita descontração, apesar do calor reinante na região.
A celebração marcou de forma solene e oportuna a comemoração do trigésimo dia de canonização de irmã Dulce, Santa Dulce dos Pobres, a primeira religiosa brasileira a receber mui merecidamente esse deferimento da Igreja Católica Apostólica Romana com as bênçãos do Papa Francisco, nosso vigário de Roma.
Os fiéis que ali compareceram, contritamente centrados na cerimonia celebrada ao ar livre, podem testemunhar a beleza do evento desenrolado com muita autenticidade ao som das palavras ali proferidas pelo celebrante e o advogando Antonio Gilvandro Martins Neves, que deram um belíssimo testemunho sobre a vida e a obra da Irmã Dulce, ambas fundamentadas na caridade e no amor ao próximo sem nenhum preconceito Um evento digno de ser presenciado por todas as classes e registrado nas melhores páginas da sociedade de Paramirim.
Uma comemoração cheia de bênçãos e. exemplos dignificantes, acompanhada pelos acordes sonoros do coral da Matriz de Santo Antonio e as vozes maviosas de seus cantores. Uma verdadeira orquestra sinfônica protagonizada pelo sacerdote e o historiador, pelo público e a homenageada, em perfeita consonância com os desígnios de Deus e o destino do homem sobre a terra, como contribuinte da sua própria vida.
Posso dizer que me senti lisonjeado ao receber a distinção do convite para esse evento e por ter dele participado e me deleitado com as bela descrição dos fatos da madre igreja e de nossa história, a exemplo do episódio da ex escrava Esperança Maria de Jesus, em cujo leito de sua antiga propriedade, quem sabe herdada como dote de sua própria alforria, ter nascido o objeto das perenes homenagens prestadas a Chico Xavier, Madre Tereza, Albert Schweitzer e irmã Dulce, como veneráveis figuras de um passado bem próximo de nós.
Quando viva, apenas Irmã Dulce, com a sua fragilidade física, a sus hercúlea tarefa de sair às ruas e fim de recolher os mais necessitados de toda natureza para lhes ofertar o abrigo de uma cama ou o conforto de um prato de comida para mitigar a fome nas noites soteropolitanoas de uma cidade povoada de conflitos. Quanto gratificante ver os traços marcantes da história de um ser humano predestinado a ser contemplado com abençoadas palavras de reconhecimento. A Santa que antes da santificação já era Santa pelo bastante que fez para os seus conterrâneos e a todos que batiam à sua porta, como necessitados.
Dessa forma, devo afirmar que a noite de treze de novembro tem agora na história de Paramirim uma nova efeméride, marcada pela brilhante iniciativa de se celebrar de modo simples e grandioso os primeiros trinta dias da existência de uma Santa brasileira no calendário do céu. Que outras iniciativas como essa venham ser tomadas. A sociedade precisa de um norte, as páginas do Santo Evangelho e da história universal são fontes copiosas e satisfatórias. Sempre precisam ser lembradas por personalidades que sabem recitar as verdades dos fatos. Como uma pequena fatia do território baiano e da União, Paramirim não pode nem deve perder a sua identidade de comunidade religiosa e reconhecedora daqueles que muito fazem ou fizeram pela grandeza da humanidade, principalmente, quando se clama por justiça social.
Texto Domingos Belarmino – No Facebook.