ago
18
2016

Empinando Papagaio

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O que dizer do tempo de criança? Tempo de brincadeiras, tempo de sonhos, tempo de sorrisos, tempo de diversão… Os anos passam, deixam, contudo, as lembranças de uma época iluminada na vida humana. Sabemos que muitos nasceram sobre a laje fria do sofrimento, sobre o denodo cruel das mazelas humanas, sem motivos para sorrir, privados de sonhar. Presenciar alguns jovens a empinar pipas em um final de tarde no Sertão nos fez voar cavalgando no dorso macio das mais belas e encantadoras plumas das fagueiras aves do nosso imenso e querido Brasil. Aquele simples objeto a subir e descer ao comando das hábeis mãos, aquele brinquedo dando vida e asas à alegria, pouca coisa proporcionando um universo de felicidade e contentamento. Para ser feliz basta uma pitada de brilho nos olhos, pouquíssima riqueza e muita engenhosidade. Seja uma criança e alcançará o reino do Céu aqui na Terra e em vida. O jovem a segurar o carretel de linha, sorriso farto, conversa entre os amigos de brincadeira, um artista, um esportista, dando vida aos pensamentos. O papagaio sobe veloz, o papagaio rebola, o papagaio desce em voo rasante. No céu, um duelo particular, cada garoto a manusear seu brinquedo, uma luta dos ares, a briga pela conquista do espaço. Ao perdedor sobra o trabalho da confecção de um novo brinquedo; ao vencedor, a glória daquele magnífico momento. No dia seguinte, novas batalhas, vencedores e derrotados se revezam nesta faina nos mais formidáveis contos infantis. O que vale é se divertir, é ser feliz, é curtir a melhor e mais inebriante fase da espécie humana, o tempo de criança, tempo em que o tempo por si só vale tudo.

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